Decolando ao Horizonte
um átomo é só um conceito,
viagem de algum santo sujeito
a realidade só existe por intermédio da consciência
a percepção profunda nos revela
estarmos presos nas estruturas lingüísticas
não existe solidez no mundo que vivenciamos
somente um constante embate mágico
de pensamentos energeticos
dinamismo dançante da harmonia que é sempre conflito
o sol me ensinou
que a energia é eterna delícia
o seu fulgor flamejante naquele horizonte
refletia raios de luz difratados no imenso oceano
tremeluzentes paredões prateados
de uma polifônica sinfonia
prataqueimavam
no sabor de uma ligametálica
de sentimento fervente
em meus ouvidos sinestésicos
O psiconauta da tripulação extemporânea
Berrou com um eficiência infalivel:
Ô astro de luz
com tuas maquinarias alquímicas
fomentavas um labirinto multinivelado de formas
confusas, arcanas e loucas
caleidoscópios de prazeres!
infusos em meu crânio
pneumáticas sensações
me provocam calafrios
epifania e nudez
rompendo o enclausuramento
do celibatário escafandro
Emergindo num lúcido panorama extásico
é no cinema dos índios que
Enlevadas infinitudes de irmãos
partilharam da mesma visão
num plano hiperdimensional
a embriaguez psicotransmutante
é conturbante e devoradora
fusão de matéria e espírito
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